quinta-feira, 7 de abril de 2011

Acabou o boneco-da-porrada

Uma das coisas boas que trouxe a crise política foi a dissolução da Assembleia da República. Já não se aguentava com o misérrimo espectáculo de ver cinco formações partidárias em concordata repetitiva, a atirarem-se, tantas vezes por razões contraditórias, contra um Governo minoritário. Essa desproporção era algo indegesta para quem não cultivao gozo sádico de bater no mais fraco. Não me interessa se era Sócrates, Aristóteles ou o Rato Mickey; o que eu pergunto é se o funcionamento democrático que se inventou, dizem, para respeitar as minorias, não encontra maneira mais ética para não flagelar essa outra minoria da AR.
Claro que Sócrates, com a intrepidez e o poder comunicacional indesmentíveis que se lhe conhecem, instituiu os debates quinzenais (coisa para que os seus antecessores não tiveram pedalada), o que só acirrou a inveja e o ressentimento dos seus opositores. Infelizmente, em Portugal, não se pode dar nas vistas por boas razões, mas sim por "qualidades" de vão de escada.
Esperermos que a próxima composição do Parlamento, agora com FMI a dar as ordens, como tantos almejavam, nos poupe a esse deprimente cenário de minorias flageladas.

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