quarta-feira, 26 de agosto de 2009

Um poema de António Barahona, na recente "Telhados de Vidro, n.º 12", da AVERNO

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ALFARRABISTA

Hoje comprei um livro de Raul da Carvalho
por um euro, o que considero um escândalo!
Os poetas, regra geral, sempre foram pobres,
mas a sua poesia vale muito mais do que
o peso de mil resmas de rouxinol em oiro.
Isto, evidentemente, pouca gente sabe.
Se muita gente soubesse
os poetas seriam todos ricos.



17-XII-97

António Barahona

http://editora-averno.blogspot.com/

2 comentários:

pilantra disse...

Tenho saudades do meu amigo querido, o António Barahona. Esperava que ele desaparecesse dentro duma espinha de carapau, que saísse do olho de Isis feito tuareg azul, que brotasse de branco de um poço de petróleo do deserto. Ou até do ouvido do Dalai Lama. E logo foi tornar-se sheik!
Agora já não podemos ir comer sopa à tasca do Gato Preto no Bairro Alto, porque lhe deu para ser homem e eu mulher!

Também já não há Gato Preto nem Bairro Alto nem tascas com serradura no chão! Merda de vida, merda de sheik!

logros disse...

Belo e poético comentário.
Já tinha ouvido falar de coversões ao islamismo.Cada um faz o seu percurso.
Como na melhor nódoa cai o pano, também no melhor turbante cai o Al Corão ;)))))

Abraço grande.
I.