segunda-feira, 31 de agosto de 2009

Os "pilares da sociedade" ou a inconsciência da bruxa-má

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Um dos argumentos mais enjoativos do discurso de Manuela Ferreira Leite, no encerramento da universidade estival(?) para jótinhas foi aquele, de que o governo actual "minou os pilares da sociedade: o casamento e a famíkia".
Desde os bons tempos da União Nacional, que não se ouvia uma formulação do pensamento conservador, tão claramente retrógrada e desfazada da consciência europeia actual, das sociedades civis.

É voz corrente, que quem só sabe de Economia, nem de Economia sabe. E parece que MFL e os seus acólitos, não sabem de muito mais coisas.
Por exemplo, que provieram de gente "que minou os pilares da sociedade", nomes como:

Sá de Miranda, Camilo Castelo Branco, Eça de Queirós, Camilo Pessanha, Florbela Espanca, Irene Lisboa, Eugénio de Andrade e muitos edecetras importantes para o país e para o mundo.
Olha se os progenitores não tinham minado "os pilares" da sociedade???????
Isto para já não referir D. João I, primeiro da dinastia de Aviz e pai da "Ínclita Geração". Ah, e ia-me esquecendo do Santo Condestabre, filho de uma numerosa prole do Prior do Hospital....

Se os "pilares" não tivessem sido "minados", Portugal seria outro.
Para o bem e para o mal.
Não aturar esta senhora e a sua naftalina encefálica, seria um enorme BEM.

sexta-feira, 28 de agosto de 2009

Uma maqiavélica parvoíce

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(...)
«Custa a acreditar, mas Paulo Rangel, eurodeputado e membro do inner circle de Manuela Ferreira Leite, numa atitude que só pode ser entendida como de desautorização de Marques Mendes, afirmou, citando Maquiavel, que não podemos confundir ética com política. Não é extraordinário? Tudo isto se passou ontem numa das sessões da Universidade de Verão do PSD, onde, na véspera, o antigo líder do partido voltara a insistir na necessidade de separar as águas (a propósito da surpreendente inclusão de arguidos nas listas do partido). Por muito que os costumes da tribo o desmintam, Rangel não pode torcer os valores, afirmando que ética e política são dissociáveis. Um desabafo no Snob, às 4 da manhã, percebe-se. Numa prédica institucional em vésperas de eleições, é alarmante. Claro que Rangel não é obrigado a ler Maquiavel. Eu, por exemplo, nunca li Kurt Gödel. Mas também não o cito.Estas guerras do Alecrim e Manjerona são reveladoras da desorientação do PSD. Pretender que a política se reduz à arte de manipular (como, em certa medida, sucedeu no século XVI), dá bem a medida da renovação do maior partido da oposição.»

colhido no blogue "Da Literatura".

quarta-feira, 26 de agosto de 2009

Um poema de António Barahona, na recente "Telhados de Vidro, n.º 12", da AVERNO

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ALFARRABISTA

Hoje comprei um livro de Raul da Carvalho
por um euro, o que considero um escândalo!
Os poetas, regra geral, sempre foram pobres,
mas a sua poesia vale muito mais do que
o peso de mil resmas de rouxinol em oiro.
Isto, evidentemente, pouca gente sabe.
Se muita gente soubesse
os poetas seriam todos ricos.



17-XII-97

António Barahona

http://editora-averno.blogspot.com/

sábado, 22 de agosto de 2009

O power-point e o teleponto...

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« [Propuseram-me mudar] a forma de falar, de contar as coisas, a forma de dizer, para eu falar com power-point... coisas desse estilo. (...) Eu sei que muitas vezes – eu e muitas outras pessoas, se calhar – digo frases que não serão bem aquelas que deviam ser ditas... ou que não conjugo o verbo exactamente como deve ser... Só que eu não estou com as frases decoradas – quando se está com as frases decoradas ou se tem o power-point à frente, nada falha, mas, em compensação, perde-se em naturalidade e eu acho que as pessoas que nos estão a ouvir falam de forma natural, não falam com frases feitas, não falam com power-point para não se enganarem. Todos nós nos enganamos (...) – eu prefiro ser como sou do que transformar-me. »

Manuela Ferreira Leite, na entrevista à RTP.»

sexta-feira, 21 de agosto de 2009

"M" de Medíocre

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A piroseira habitual, mais os costumeiros sofismas de meia-tijela, de um descaramento simolório.Fiquei a saber que falar "naturalmente" é ter dificuldades de expressão e dar pontapés nas concordâncias verbais. O político, que no passado, nomeou esta senhora, ministra da educação, devia envergonhar-se. Em resumo:-é revoltante e ridículo ver uma senhora da Direita pacóvia e invertebrada, falar em "asfixia democrática"... Devem ser sintomas da sua falta de oxigenação cerebral.

-nada haverá de novo: nem programa, nem cálculo de cenários e probabilidades e modos possíveis de os defrontar.

-Obras públicas, só remendar hospitais e escolas e outras "proximidades".
De resto é o vazio enfeitado com os cómodos e convenientes "valores pessoais" de não falar na "roubalheira" dos seus confrades. Em contrapartida tem o desplante de dizer que Santana é muito melhor que Costa, para Lisboa. Pena que os seus "valores" não cheguem para não fazer campanha ad homoinem, nem adoptar argumento de suspeição e parlapatices de "asfixia" baseados em "sentimentos".

Esta senhora é um perfeito e raso equívoco. Confesso que, como ela, dantes falava pouco, nem imaginava que fosse tão medíocre
E que se esteja a revelar tão nociva para um planeamento sério do que aí vem..

segunda-feira, 17 de agosto de 2009

Isabel Alves Costa

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Morreu uma Cavaleira das Artes.
Isabel Alves Costa, mulher da cultura, directora do Rivoli, ao tempo da gestão socialista da cidade. Actualmente directora do Festival de Marionetes do Porto, responsável do projecto Comédias do Minho, morreu, ontem, vitima de doença repentina, quando se encontrava de férias em Monção.
Foi agraciada pelo governo francês com a ordem de Chevalier des Arts.
Foi afastada do Rivoli pelo actual edil do Porto, Rui Rio.
Mulher controversa, com ideias próprias sobre cultura e artes performativas, filha de um grande cineclubista do Porto,crítico e historiador de cinema, Henrique Alves Costa, partiu ainda com muito que fazer.
O JN traz uma reportagem sóbria sobre a morte e, claramente, incompleta sobre a vida desta senhora do Porto, nascida em Julho de 1946, exactamente com 63 anos, que pode ver aqui
Que se possa falar e escrever muito sobre arte, cultura e teatro, in memoriam, de Isabel Alves Costa.

Nota: texto colhido no blogue "Mainstreet".