sábado, 20 de setembro de 2008

Instantâneos de samartaime



Jovem desconhecido disfarçado de freira, saindo da Igreja de Saint-Jacques de Pau (França), cidade a pouca distância de Lourdes.
(cortesaia do blogue "Magazine")



5 comentários:

Anónimo disse...

E leva na mão um poema acabadinho de escrever. Pelo menos tem todo o ar disso.

Logros disse...

Olá Rui. Pois parece que segundo o relato da samartaime, ele falou em Verlaine...
Acertaste!

Victor Oliveira Mateus disse...

Inês, há cada coincidência!
Recebo o seu comentário na altura em que estava aqui a olhar para
a "falsa freira"!... Eu até tento
não gozar "com estas coisas", mas
os collants verde alface estão uma delícia! Não resisto mesmo!!! O "diabo da freira"... que andaria a fazer? Abrç.

Anónimo disse...

Desvende-se parte do mistério:

Quando me preparava para espreitar a Igeja de Saint-Jacques, em Pau, deparo com um jovem vestido de freira que fugia dessa igreja. Comecei a fotografar enquanto me ria da cena.

O jovem viu-me, parou e disse que ia recitar um poema em honra dos meus cabelos brancos e do meu bom humor. Ensaiou uma pose lânguida pela escadaria e eu pedi-lhe que mostrasse mais «a bela perna à Brantome», coberta por espantosas meias de rede verde-alface. Ele ensaiou uma pose mais erótica mas os amigos (colegas? Eram uns cinco ou seis, gente de vinte anos) que estavam junto de mim avisaram-no que vinham os «gendarmes» da igreja e ele levantou-se, deu-me um abraço e fugiu.
Perguntei o que era o texto
«Conhece Verlaine?»
«Sim, mas pensei em Sade!»
«Verlaine era para si, não é o texto. Vá a Lourdes, Lourdes!» Ainda disseram mais algumas coisas mas já não consegui entender com a barafunda da fuga mastronça, a gritaria e as gargalhadas do grupo e mais os insultos e ameaças dos «guardiões do templo»!
No dia seguinte corri Lourdes de ponta a ponta mas não encontrei a minha bela freira!

Como facilmente compreenderão,
gravíssimo desgosto me dilacerou a profundíssima e ignota alma!

Victor Oliveira Mateus disse...

Gostei de "a bela perna à Brantome". E essa de ouvir Verlaine e pensar em Sade também não está mal, diga-se. Agora o final parece-me um filme de Buñuel
... nunca saberemos o que se passou
de facto!Será que houve outro cisma e nós não soubemos?